Projeto selecionado para 11˚ Bienal Brasileira de Design Gráfico e menção honrosa no
29˚ Prêmio Design Museu da Casa Brasileira.
O projeto Oscar foi realizado com propósito da conclusão do curso de Design Gráfico no Istituto Europeo di Design de São Paulo. A ideia era criar um projeto que fosse dedicado a crianças portadoras da doença Hemofilia. Esta é uma doença onde o indivíduo não coagula, assim qualquer impacto pode levar a um sangramento, o que pode ocorrer diversas vezes na mesma articulação, levando ao seu comprometimento.
O projeto é um Kit que através de suas peças aborda a doença, a família, frustrações e comparações da maneira mais sutil possível. Isto é feito a partir de produtos que promovem interações com os públicos ao redor do paciente.
29˚ Prêmio Design Museu da Casa Brasileira.
O projeto Oscar foi realizado com propósito da conclusão do curso de Design Gráfico no Istituto Europeo di Design de São Paulo. A ideia era criar um projeto que fosse dedicado a crianças portadoras da doença Hemofilia. Esta é uma doença onde o indivíduo não coagula, assim qualquer impacto pode levar a um sangramento, o que pode ocorrer diversas vezes na mesma articulação, levando ao seu comprometimento.
O projeto é um Kit que através de suas peças aborda a doença, a família, frustrações e comparações da maneira mais sutil possível. Isto é feito a partir de produtos que promovem interações com os públicos ao redor do paciente.

A linguagem do paper toy foi escolhida pois é algo que traz força para o projeto. Falar de corpo com algo que é 3D faz mais sentido do que qualquer um dos estilos que eu tinha estudado. E a partir do momento em que escolhi o paper toy como linguagem, comecei a perceber como ele realmente se encaixava no projeto e como a lógica do cubo e da montagem acabou me auxiliando em grande parte das peças.

Peças do Kit
Livro a História de Oscar
O livro conta a história do personagem Oscar, que tem hemofilia.
Abordando pontos como: exclusão, diferença entre pessoas, o cuidado, comparação
e principalmente, mostrando que a criança pode conviver e fazer muitas coisas, mesmo sendo um pouco diferente das outras crianças.
e principalmente, mostrando que a criança pode conviver e fazer muitas coisas, mesmo sendo um pouco diferente das outras crianças.










Cartela "Eu e meu corpo"
Em cada lâmina de acetato, são apresentadas as situações que ocorrem dentro do corpo quando ocorre um sangramento e o que acontece em seu corpo quando ele toma o remédio.
Em cada lâmina de acetato, são apresentadas as situações que ocorrem dentro do corpo quando ocorre um sangramento e o que acontece em seu corpo quando ele toma o remédio.


Boneco Bolsa de Gelo
Quando um paciente com hemofilia tem um sangramento, além da infusão do fator de coagulação, os pacientes são orientados a fazer compressa de gelo no local.
Transformar o personagem em uma bolsa de gelo, é dar para a criança um companheiro neste momento de repouso.
Transformar o personagem em uma bolsa de gelo, é dar para a criança um companheiro neste momento de repouso.

Imã de geladeira
Para controle, o hospital solicita que a família documente os dias em que a criança faz uso do remédio e que tem sangramentos.
Esta peça é para que a própria criança marque seus sangramentos e entenda a importância do remédio e do cuidado. A criança também pode mudar o rosto do personagem conforme seu humor, mostrando para todos como se sente.
Esta peça é para que a própria criança marque seus sangramentos e entenda a importância do remédio e do cuidado. A criança também pode mudar o rosto do personagem conforme seu humor, mostrando para todos como se sente.


Jogo de cartas
.
Esta peça foi desenvolvida pensando na interação da criança que tem hemofilia com outras crianças.
Os naipes tradicionais do baralho foram trocados por elementos do dia a dia de quem tem hemofilia, (o gelo, o sangue, o band-aid e o frasco de remédio).
Além de ser uma forma de mostrar uma parte de seu cotidiano para as outras crianças, os jogos de carta estimulam o pensar e é uma atividade sem riscos para quem tem hemofilia.
Os naipes tradicionais do baralho foram trocados por elementos do dia a dia de quem tem hemofilia, (o gelo, o sangue, o band-aid e o frasco de remédio).
Além de ser uma forma de mostrar uma parte de seu cotidiano para as outras crianças, os jogos de carta estimulam o pensar e é uma atividade sem riscos para quem tem hemofilia.

PERTIRNÊNCIAS DO PROJETO
Para o portador
Quanto mais o portador de hemofilia toma consciência de suas condições físicas, mais ele se entende, mais ele se cuida e cada vez mais ele tem a chance de encontrar seus caminhos, o que possibilita descobrir suas possibilidades. Todo o kit é feito para ele e as suas relações sociais. Criar um personagem que questione sua condição, suas limitações e vontades, é importante para mostrar a esses meninos que eles não estão sozinhos. O público alvo são crianças de 7 a 10 anos, devido ao início da vida escolar. Neste período os questionamentos aumentam e a comparação com as outras crianças é muito presente. As dificuldades da hemofilia também são ressaltadas ao entrar na sala de aula. Um personagem, que sofra das mesmas “frustrações” que que a criança, mas que passe uma mensagem positiva e de consciência, é mostrar uma nova consciência.
Nesta mesma faixa etária, o portador de hemofilia começa a aprender a aplicar o medicamento. É importante desmistificar o medo da agulha, explicar sobre a higiene e mostrar como o fator é uma chave possibilitadora na vida de um portador de hemofilia, pela qual ele tem o direito e deve lutar para exercê-lo.
Para a família
É muito importante que a própria família não passe para o portador de hemofilia, a imagem de insegurança, incerteza e limitações. Se os pais transmitirem uma relação saudável com a condição do filho, a aceitação e a consciência vem de maneira mais natural para a criança. Por isso a ideia de produzir o imã de geladeira, onde o fator fica armazenado e por local de inclusão da família. Dar a oportunidade da criança preencher a tabela de seus sangramento, algo normalmente é feito pelos pais, inclui a criança, da a oportunidade que ele entenda como cada machucado está diretamente ligado com os dias ele deve tomar o fator. Criar a consciência, sempre incluindo sua família.
Para os Amigos
Precisamos lembrar que sempre é uma escolha do portador de hemofilia contar, ou não, sobre sua condição. Essa relação entre crianças pode ser muito natural, mas também pode ser traumática. Podendo ate afastar algumas crianças do portador de hemofilia. Por isso, dar a possibilidade que ele conte de uma maneira divertida o que é a hemofilia, o que acontece em seu corpo e como ele também pode brincar de diversas maneiras, é algo muito importante. A idéia de fazer um jogo para ele jogar com seus amigos é para desmistificar a hemofilia. Todas as vezes que eu decidi contar para alguém sobre a hemofilia, aprendi uma coisa: quanto mais naturalmente você conta, mais naturalmente as pessoas encaram, diminuindo aquele olhar de pena que as pessoas tem ao saber.